Comer..... É marmellada !


"Como diz Câmara Cascudo, o significado da
comida ultrapassa o simples ato de alimentar-se. São muitas as tradições que
consideram a hora da refeição como semi-sagrada, de silêncio, compostura e de
severidade. Manda-se respeitar a mesa e, no interior, não se comia trazendo
armas, chapéu na cabeça ou então sem camisa. Comer junto é aliar-se: a palavra
“companheiro” vem do latim “cum panis”, de quem compartilha o pão.



A culinária brasileira é rica, saborosa e diversificada. Cada um
dos estados brasileiros tem seus pratos típicos, preparados de acordo com
antigas tradições, transmitidas através das gerações".







quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

História da marmelada


A marmelada é um doce típico e popular em diversas regiões do Brasil. O que muita gente não sabe é a origem dessa delícia. Dizem que a receita tradicional foi trazida de Portugal por escravas alforriadas. Muito antes disso, já fazia imenso sucesso na Península Ibérica que, por sua vez, herdou tal conhecimento dos domínios árabes.




Para entender toda a história, proponho um olhar mais aguçado sobre o açúcar. A palavra “açúcar” vem do sânscrito “sankhara”, que significa areia e originou todas as outras versões nas línguas indo-européias: “sukkar” em árabe, “saccharum” em latim, “zucchero” em italiano, “sugar” em inglês, “zucker” em alemão…



Não se conhece direito a origem desse produto. Alguns dizem que é da Nova Guiné, outros afirmam que é da Ásia. Certo mesmo é que foram os chineses que fizeram as primeiras experiências para transformar o caldo da cana em açúcar sólido. Os persas desenvolveram novas técnicas de produção e espalharam esse conhecimento por todo o Oriente Médio, que tinha solo adequado para o plantio.



Alexandre o Grande introduziu o pó doce na Europa, onde se tornou artigo de luxo, reservado aos nobres e ao uso medicinal. Com terra fértil e determinação, os árabes transformaram a matéria-prima em riqueza, exportando-a para toda a Europa pelos portos venezianos. Esses pagavam caro pela mercadoria e regulavam o seu uso.



Enquanto no Oriente havia açúcar em abundância, o sal era escasso. Na falta deste, o açúcar virou condimento de todas as horas. Nessa época surgiram geléias e compotas. E também a deliciosa marmelada, que depois da invasão árabe nos reinos espanhol e português, se transformou em sobremesa e marca cultural da Península.



Não há nada mais espanhol do que servir membrillo com queijo, depois de uma boa comilança. Assim é chamada a marmelada em castelhano. Madri ainda conserva, no centro da cidade, uma loja dedicada à produção artesanal da iguaria. É cortada na hora e vendida por peso. Doce na medida certa, desmancha na boca. A fama é tão grande que atrai gente de todo o mundo. O Rei Juan Carlos faz encomendas periódicas. Ficou com vontade? Anote o endereço: Casa Mira, carrera de San Jeronimo 31 – Metro Sevilla, Centro Madrid


(Fonte: Extraído do site: http://malaguetacomunicacao.com.br/2009/12/historia-da-marmelada/)

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